Letra Original:
Totengräberweise (Franz Xaver Freiherr von Schlechta)
Nicht so düster und so bleich,
Schläfer in der Truhe,
Unter Schollen leicht und weich
Leg’ ich dich zur Ruhe.
Wird der Leib des Wurmes Raub
Und ein Spiel den Winden,
Muss das Herz selbst noch als Staub
Leben und empfinden.
Denn der Herr sitzt zu Gericht;
Gleichend deinem Leben
Werden, dunkel oder licht,
Träume dich umschweben.
Jeder Laut, der dich verklagt
Als den Quell der Schmerzen,
Wird ein scharfer Dolch und nagt
Sich zu deinem Herzen.
Doch der Liebe Tränentau,
Der dein Grab besprühet,
Färbt sich an des Himmels Blau,
Knospet auf und blühet.
Im Gesange lebt der Held,
Und zu seinem Ruhme
Schimmert hoch im Sternenfeld
Eine Feuerblume.
Schlafe, bis der Engel ruft,
Bis Posaunen klingen,
Und die Leiber sich der Gruft
Jugendlich entschwingen.
Tradução para Português:
Canção do coveiro (Franz Xaver Freiherr von Schlechta)
Não tão triste e não tão pálido,
Adormecido naquela caixa,
Debaixo de terra tão leve e macia
Eu coloco-te para descansar.
Se o corpo se tornar presa dos vermes
E um brinquedo para os ventos,
Deve o próprio coração ainda quando pó
Viver e sentir.
Pois Nosso Senhor senta-se em julgamento,
Comparando à tua vida
Sonhos que escuros ou claros
Pairarão à volta de ti.
Cada som que te acusa
Como a fonte das tuas dores,
Torna-se um afiado punhal e
Penetra no teu coração.
Contudo o orvalho das lágrimas do amor,
Que borrifa a tua sepultura,
Tinge-se do azul do céu,
Brota e floresce.
No canto vive o herói
E para sua glória
Brilha alto no campo estrelado
Uma flor de fogo.
Dorme, até que o anjo chame,
Até que as trombetas soem,
E os corpos rejuvenescidos
Renasçam do túmulo.