Letra Original:
U lyudyey-to v domu
U lyudyey-to v domu chistota, lyepota,
a u nas-to v domu tyesnota, dukhota.
U lyudey-to dlya shchey s soloninkoyu
chan,
a u nas-to vo shchakh tarakan, tarakan.
U lyudey kumov’ya rebyatishek daryat,
a u nas kumov’ya tvoy zhe khleb priyedyat.
U lyudey na umye pogutorit’s kumoy,
a u nas na umye, ne poyti by s sumoy.
Ekh!
Kaby tak nam zazhit’, shtoby svyet udivit’:
shtoby dyen’gi v moshnye, shtoby rozh’ na
gumnye;
shtob shleya v bubyentsakh, raspisannaya
duga;
shtob sukno na plyechakh, nye poskon’ –
deryuga;
shtob nye khuzhe drugikh nam pochot ot
lyudyey,
pop – v gostyakh u bol’shikh, u dyetyey –
gramotyey;
shtoby dyetki v domu, slovno pcholy v
myedu,
a khozyayka v domu, shto malinka v sadu.
Tradução para Português:
Nas casas dos outros
Nas casas dos outros há asseio e conforto,
Mas em nossa casa há desconforto e falta de ar…
Os outros têm potes para a sopa de couve e carne de vaca salgada,
Mas na nossa sopa de couve há baratas, baratas.
Nas casas dos outros os padrinhos dão presentes às crianças,
Mas na nossa casa os padrinhos acabarão simplesmente o nosso pão.
Os outros pensam conversar com os seus vizinhos,
Mas nós pensamos na maneira de não mendigar o pão.
Ekh!
Se nós pudéssemos começar a viver assim e surpreender o mundo:
De modo que houvesse dinheiro na bolsa e centeio no chão da debulhação;
De modo que os cabrestos dos cavalos fossem todos decorados com campainhas e os eixos dos coches pintados;
De modo que usássemos tecido sobre os ombros e não simples cânhamo ou serapilheira;
De modo que o respeito que recebemos das pessoas não fosse menor que o recebido pelos outros:
O sacerdote que visita os ricos, um professor que ensinasse a ler as crianças;
De modo que as crianças em casa fossem como abelhas no mel;
De modo que a dona de casa fosse como uma framboesa no jardim.