Letra Original:
Quatro canções italianas
NON T’ACOSTAR ALL’URNA
VITORELLINon t’accostar all’urna,
Che l’osse mie rinserra,
Questa pietosa terra
E’ sacra al mio dolor.
Ricuso i tuoi giancinti
Non voglio i tuoi pianti;
Che giovan agli estinti
Due lagrime, due fior?
Empia! Dovevi allor
Porgermi un fil d’aita,
Quanto traea la vita
In grembo dei sospir.
Ache d’inutil pianto
Assordi la foresta?
Rispetta un’ombra mesta,
E lasciala domıir.
GUARDA, CHE BIANCA LUNA
VITORELLIGuarda, che bianca luna
Guarda che notte azzurra!
Un’aurora non susurra,
Nò, non tremola uno stel.
L’usignuoletto solo
Va’della siepe al’orno,
E sospirando intorno
Chiama la sua fedel.
Ella, ch’esente oppena,
Vien di fronda in fronda,
E par che gli dica,
Nò, non piangere: son qui.
Che gemiti son questil
Che dolci pianti Irene,
Tu mai non me sapesti
Rispondere cosi
DA QUEL SEMBIANTE APPRESI
METASTACIODa quel sembianti appresi
A sospirand’ amore
Sempre per quel sembiante
Sospireró d’amore
La face a cui m’accesi
Solo m’alletta e piace,
È fredda ogn’altra face
Per riscaldarmi il cuore.
MIO BEM RICORDATI
METASTACIO
Mio ben ricordati,
Se avvien, chio mora:
Quanto quest’ anima
Fedel t’amò.
E se pur amano
Le fredde ceneri:
Nell’ urna ancora
T’addorerò.
Tradução para Português:
Quatro canções italianas
NÃO TE APROXIMES DA URNANão te aproximes da urna
que contém os meus ossos;
Esta terra piedosa
É sagrada para a minha dor.
Eu recuso as tuas flores,
eu não quero os teus prantos;
de que servem aos mortos
Duas lágrimas, duas flores?
Cruel! Devias então
ter vindo ajudar-me
quando a minha vida decaia
no sofrimento dos suspiros.
Com que inúteis prantos
aturdes a floresta?
Respeita uma sombra triste,
E deixa-a dormir.
OLHA, QUE LUA BRANCA Olha, que lua branca
Olha, que noite azul
Não sussurra uma brisa
Nem um ramo estremece.
Um rouxinol solitário
Voa do extremo do ulmeiro,
E suspirando todo o tempo
Chama pela sua fiel amada.
Ela, que mal o ouve,
Voa de folha em folha,
E parece querer dizer-lhe:
Não, não chore. Eu estou aqui!"
Que gemidos são estes!
Que doces lamentos, Irene!
Tu nunca me soubeste
Responder assim.
COM AQUELE ROSTO APRENDI Com aquele rosto aprendi
A suspirar de amor
Por aquele rosto suspirarei
Sempre de amor.
A chama que me desperta,
só ela, me atrai e agrada.
Qualquer outra chama é demasiado fria
Para aquecer o meu coração.
RECORDA-TE MEU BEM Recorda-te, meu bem,
Se acontecer que eu morra,
Quanto esta alma
Fiel te amou
E se as cinzas frias
puderem amar:
Na urna eu te adorarei.